Brusco Amor



  O que você faria se você fosse obrigada a ficar 24 horas grudada a uma pessoa que você simplesmente detesta? É isso que acontece com Isadora... Por uma confusão se ver obrigada a trabalhar para o jogador Paulo Henrique, que ela simplesmente detesta por ter feito o seu time perder.
Como se já não bastante, ela percebe que realmente tem que defende-lo de um estranho que esta tentando mata-lo. Será que ela vai conseguir protege-lo ou sua raiva por ele irá atrapalhar seu dever de guarda-costas?

-Comedia, ação, romance

(Capitulos)

1º capitulo - Encontro de adversários.
2º capitulo - Ação e reação.
3º capitulo - Se aliando ao adversário.
4º capitulo - Será o palhaço, um judas?
5º capitulo - Será o aliado, um inimigo?
6º capitulo - Um triste retrato do passado.
7º capitulo - Nova ameaça.
8º capitulo - Correndo contra o tempo.
9º capitulo - O inimigo contra-ataca.
10º capitulo - Que sentimento é esse?
11º capitulo - A decadência de Pierre.
12º capitulo - O desaparecimento de Pierre.
13º capitulo - Partida Inútil.
14º capitulo - Saída de Campo.  ( Capitulo Extra )
15º capitulo - Novo ataque do maniaco das fotos.
16º capitulo - Sempre no banco reserva. 
17º capitulo - Quando tudo dá errado. 
18º capitulo - Aproximação Inesperada. 
19º capitulo - Ações perigosas. 
20º capitulo - Virada de Placar.
21º capitulo - O aliado se torna inimigo.
22º capitulo - O verdadeiro inimigo.
23º capitulo - Golpe baixo.
23º capitulo - Substituição.
24º capitulo - Jogada pra fora do Campo.
25º capitulo - Strike! Fim de jogo! ( Ultimo capitulo )

                       ~ Finalizado ~

Personagens principais.



Isadora (Dora) Tem 23 anos, faixa preta em judô, guarda-costas profissional. Isadora é alguém que quem a conhece dificilmente esquece. Fanática pelo time de beisebol Lhamas, odeia mais que tudo o time adversário  Gnomos vermelhos, e todos os seus jogadores. seu grande defeito é ser explosiva demais e sempre agir antes de pensar, o que sempre coloca ela em fria. Apesar de ser durona, é muito meiga e leal, alem de ser extremamente profissional.
Paulo Henrique (Pierre) - Tem 25 anos, Jogador profissional do time Gnomos Vermelhos. Paulo Henrique pode se dizer que é uma bomba relógio, ninguém sabe ao certo quando ele pode explodir. Se irrita facilmente, é infantil e não é muito inteligente. Odeia haters do seu time, por que na sua opinião são simplesmente invejosos. Apesar de ser bem idiota as vezes, ele é bem leal aos seus amigos, muitas vezes até se sacrificando por eles.


PS: Essa FIC foi baseada no drama coreano Wild Romance. Terá algumas alterações na historia pelo fato que eu estou narrando somente a historia da protagonista e também por coisas que pra mim faltaram no drama.

~Trailer do drama ~



Capitulo 1

O encontro de adversarios

Meu nome é Isadora, tenho 23 anos e trabalho em uma empresa de segurança privada, mas não, eu não sou secretaria, eu sou um dos guardas costas de lá, sendo faixa preta em judô e estudado boxe por quatros anos...  E não me venha com aquela historinha de que lugar de mulher é na cozinha, pois o ultimo que fez essa piada teve que ir pra o hospital com o nariz sangrando. Sempre me consideravam meio “machona” pra uma menina e de verdade, isso não me incomoda nem um pouco, não nasci pra ser cheia de frescuras como essas menininhas por ai.
  Eu moro com meu pai, Luis, e meu irmão mais novo, Luigi... E também moro com minha melhor amiga, Danielle (tecnicamente a casa que moramos é dela, ela ficou órfã há uns anos atrás e pediu para que a gente morasse com ela). Minha família tem uma paixão enorme pelo time de beisebol “Lhamas”, e eu digo, o hino dos Lhamas foi minha canção de ninar, e obvio que como temos um time para amar, também temos um time que odiamos, e eles se chamam “Gnomos vermelhos”. Cara! De verdade, não entendo como alguém gosta daquele time idiota, principalmente o principal jogador sendo o imbecil do Pierre (seu nome é Paulo Henrique, mas todos só o chamam de Pierre, deve ser por que Pierre lembra Pierrô, e Pierrô é palhaço, que é exatamente o que o Pierre é, um palhaço!). 
Ele fez com que nosso time perdesse no final do campeonato por que o jogador David (que é meu herói, alias) lançou a bola um pouquinho perto dele e então o Pierre começou com uma briga em campo, levando ele e o David pra o banco...  Nesse dia, eu, meu pai e meu irmão choramos muito...  Era tão injusto! O sonho do campeonato tinha ido embora, por culpa daquele idiota valentão... Mas fazer o que, a vida continua...
  Hoje é aniversario do meu pai, e não sei por que ele quis ir ao karaokê que tem aqui perto, mas fazer o que? É aniversario dele, então fomos, enquanto meu pai e o Luigi estavam muito animados cantando COMO UMA DEUSA (sim, é essa musica que eles estavam cantando), eu resolvi tomar umas caipirinhas com cerveja por que não sou de ferro... Então quase na hora de irmos embora eu fui ao banheiro, ao voltar esbarrei numa garota, com estilo de granfina, bonitinha e com uma cara meio assustada.
Me desculpei e fui atrás do meu pai e quando vi estava ele e o Luigi no chão, tipo, devem ter enchido a cara nos pequenos minutos que eu estava no banheiro e agora não agüentam ficar em pé, fala serio!
- Pai, Lu, dá pra levantar pô! Vocês só sabem me fazem passar vergonha! – Disse a eles, só que tanto o Luigi como o papai apontavam pra trás, como se quisessem me mostrar algo, então eu olhei para a direção que eles estavam apontando e lá estava Pierre, sim, o mesmo Pierre babaca que fez nosso time perder... Então eu entendi tudo, meu irmão e meu pai estavam no chão porque ele derrubou os dois... Cara, que ódio!
Sem pensar duas vezes eu dei um chute com toda a força que tinha e fiz ele ir direto ao chão (de verdade, pra um jogador, ele é muito fracote), então depois daquela bela cena, deixamos o babaca lá caído e fomos pra casa comemorar e dormir... 
No outro dia, fui ao meu trabalho, porem meu chefe me chamou a seu escritório, meu chefe se chama Julio, ele é um cara bacana, mas é meio estranho às vezes. Ao entrar na sala vi que ele estava irritado com algo e pior, era algo que tinha a ver comigo... Então ele ligou o computador e acessou a pagina do Youtube, então olhou pra mim.
- Você pode me explicar o que diabos esta acontecendo? – ele perguntou com um grito. – Essa aqui é você, não é? – ele falou irritado apontando para o monitor, então olhei para ver do que raios ele estava falando e percebi! Alguém gravou quando chutei o Pierre e colocou na internet. Nesse momento só veio algo na minha mente “Me ferrei!”.
Você tem idéia de como isso pode nos prejudicar, há um mês atrás um segurança da nossa empresa foi processado por usar violência com uma menor em um show e agora você me faz esse espetáculo? O que você quer? Acabar com a minha carreira, acabar com a minha vida? Você me odeia tanto assim? – Ele dizia gritando e cada vez mais irritado... Eu tentei explicar como aconteceram as coisas, mas ele não se convenceu. – Você sabia que ele era famoso e mesmo assim fez isso? – ele perguntou mais irritado ainda, então expliquei sobre ele ter empurrado meu pai e meu irmão, e eu como filha, não deixaria barato!(apesar do real motivo de eu ter batido nele foi pelo que ele fez ao meu time, eu não ia contar isso, né?)
- Você tem que pensar, não importa se ele é jogador do que for, e que seja um idiota. No momento em que uma guardas costas se embriaga e acaba brigando com alguém, ainda mais sendo faixa preta em judô, seria o fim... Ou você não sabe que isso é crime? – Ele me falou em tom até meio ameaçador. Realmente eu não tinha pensado nisso, eu poderia ser presa, por causa daquele idiota... Fala serio, que sacanagem!  Então ele disse que ia me ajudar e que eu não me apresentasse em nem um lugar muito cheio, pra que não me reconhecessem! Bem, fazer o quê, né? O jeito era ficar escondida até o Pierre arranjar briga com outra pessoa e ai me esquecerem... Porem eu lembrei que tinha pagado o karaokê com o cartão de credito, cartão esse que come metade do meu salário só em juros, então eu decidi ir lá, para pagar em dinheiro e eles não descontarem no cartão... Ao chegar lá, vejo um rapaz de terno, serio, bonito até... Eu imaginando ser o dono do karaokê explico.
Oi, é... Desculpa, mas ontem eu paguei no cartão, só que agora eu quero pagar em dinheiro, tem como? – Então ele olha pra mim fixamente – A menina do vídeo do chute? – ele perguntou olhando diretamente pra mim.Que ótimo! Alguém me reconheceu, que maravilha!
- Bem, se você me reconheceu, não posso mentir e dizer que não sou eu!- Disse a ele antes de entregar o dinheiro, então ele me apresenta seu cartão, ao ler, o choque “Cássio Alberto Linhares - Agente pessoal do jogador Paulo Henrique do time Gnomos vermelhos”... Ó merda! E agora? E agora?
- Acho que precisamos conversar! – ele me diz, olhando com uma frieza de doer à alma.
E agora, o que eu vou fazer?....

Capitulo 2

Ação e reação. 

O agente do idiota do jogador Pierre me reconheceu, então acabei levando ele ao meu chefe, por que tecnicamente, ele que ia ter que se virar pra me tirar dessa fria! Então ao chegarmos, falei ao meu chefe que aquele cara era o agente pessoal do Pierre, e notei que meu chefe ficou pálido, tão pálido que eu pensei que ele estava morrendo... Então os dois entraram no escritório e conversaram por um bom tempo. Então ao saírem meu chefe me chamou.
- Olha, o negocio é o seguinte, você agora será segurança pessoal do Paulo Henrique e vai dizer a todos que aquilo no karaokê foi apenas você ensinando técnicas de defesa! – Ele falou com a voz áspera e tão rápido que demorou pra que eu conseguisse entender.
- O quê? Como é? Espera que eu acho que não estou ouvindo bem!- falei gaguejando. Aquilo tinha que ser uma brincadeira de mau gosto.
- É isso que você ouviu! Você fez a merda, agora vai ter que consertar! E vamos que o jogador já esta nos esperando!- ele dizia com a voz áspera, mas meio cortada... como se ele tivesse com medo dessa situação também.
Eu não posso acreditar, eu vou ter que ficar grudada com aquele idiota? Serei guarda-costas dele? Porque, por que meu Deus?  Enquanto íamos até a sede do Gnomos Vermelhos que era onde o Pierre estava, eu tentava persuadir ele. 
Chefe! Não tem outra solução? Eu posso fazer serviço comunitário, eu posso trabalhar de graça por um ano, mas, por favor, ser guarda costas do Pierre é demais pra mim!- dizia a ele com a voz extramente chorosa. Ao chegarmos, o agente Cássio disse que iria falar com o Pierre e que a gente usasse o elevador de serviços, para ninguém nos reconhecer, no elevador, tentei persuadir novamente o meu chefe.
- Chefe, pelo amor de Deus, reconsidere! Sei que a gente esta numa crise, mas não podemos simplesmente desistir e nos render, a gente tem lutar e... – eu tentava persuadir ele, quando ele me olhou com cara de raiva novamente. 
- Não seja idiota! Pense um pouco. Eu vou te explicar em termos de futebol já que eu não entendo nada de beisebol. O jogo esta aos 45 do segundo tempo, e estamos no 0x0, mas por um milagre divino conseguimos a chance de receber um pênalti. Agora se você falhar, todos nós vamos perder... E pare de reclamar tanto!- Ele disse saindo do elevador...  Cara, eu de verdade não mereço isso! Por que ele? Por quê? 
Então chegamos à frente de um escritório, quando saem de lá, o agente Cássio e o idiota, infeliz e demente do Pierre, e ainda fica fazendo cara de dor de barriga pra mim. Até parece que eu tenho medo de cara feia. Cara feia pra mim é fome, palhaço!
 Fomos andando até a sala de conferencia, o Julio ao lado do Sr Cássio e eu ao lado do babaca do Pierre, serio, eu devo ter feito algo muito ruim na vida passada pra estar passando por isso agora.
- Então você é uma guarda-costas? Engraçado que sua família e você agem com se fossem de uma gangue! – ele disse com um ar de deboche. Cretino, ele que meteu a gente nessa porcaria toda e ainda vem soltando gracinha.  É obvio que eu não deixaria barato!
- Olha quem fala! – disse a ele, mostrando que também posso atacar quando quiser.
 - Seu pai e seu irmão começam uma briga e você usa suas habilidades de judô pra me agredir, se isso não é coisa de gangue, não sei o que é! – ele disse novamente com o tonzinho de deboche e me fazendo ficar cada vez mais irritada... 
- Foi você que empurrou meu pai e meu irmão primeiro, querido! – eu retruquei.
- Seu pai e seu irmão tentaram me bater primeiro!- ele respondeu todo metido. Idiota! 
- Por que você começou a brigar com o David! – eu disse me referindo à briga que ele causou e fez com que nosso time perdesse, se ele não tivesse feito isso, meu pai e meu irmão nunca iriam querer bater naquele infeliz.
- Por que ele jogou a bola em mim! – Ele retrucou como se estivesse cheio de razão.  Ah, fala serio, o cara é jogador de beisebol e tem medo de levar uma bolada? Que meigo!  
- A bola passou só um pouquinho perto de você e se você tem tanto medinho de levar bolada, saia do beisebol. – eu disse e ele sorriu, com o mesmo tom de zombaria.
- Esse moleque só fala besteira. – ele disse e começou a gargalhar (ou a relinchar, de verdade não vejo diferença nenhuma). Espera, o moleque ao qual ele se refere é a mim? 
- Ta chamando quem de moleque, idiota? – eu disse já com uma vontade incontrolável de voar no pescoço dele. 
- É assim que todo mundo ta te chamando na internet, o poderoso moleque, acho que é por causa desse teu cabelo esquisito ai! – ele falou com um sorriso mais debochado ainda.  Ah é? Quer falar mal de comentários da internet né? Então tudo bem!
- Delinqüente do beisebol! – Eu gritei pra ele.  Ele paralisou na hora. Hm, então ele não gosta de ouvir a verdade né? É nisso que eu vou me valer!- Como é que é?! – ele perguntou pra mim com os olhos brilhando de tanto ódio, como se eu tivesse medo da cara feia dele, por favor!
- É assim que todo mundo te chama na internet, não sabia? – eu disse com um sorriso glorioso no rosto! Então ele olha pra mim com um olhar de raiva, trincando os dentes, com certeza esqueceu de tomar a vacina contra raiva.
- Peça desculpas agora! – ele disse com um tom grave e áspero. Tipo, o quê? Por que diabos eu ia pedir desculpas? - Por ter me agredido daquela forma e por ter me agredido verbalmente agora. Peça desculpas! – ele falou me encarando com os olhos cheio de raiva. Como é que é? Agredido verbalmente? Por que chamei ele de delinqüente? Isso só podia ser piada e ele realmente era muito inocente se acreditava que eu realmente ia pedir desculpas! 
- Não quero! EU NÃO VOU!!! – eu gritei e comecei a encará-lo também. Até parece que eu era a errada da historia. Ele que começou tudo, então por que eu tenho que pedir desculpas?
- Que bom! ENTÃO TAMBÉM NÃO FAREI!!! – ele gritou e começou a me encarar mais ainda.  Eu não vou pedir desculpas, prefiro ser demitida do que pedir desculpas a esse idiota.
Pierre continuava me encarando como se a cara feia dele fosse fazer eu me desculpar, uma vírgula que ia. Então meu chefe me puxou pra um canto, com certeza pra tentar me acalmar, mas ele deve ter visto que ele que começou!
- Você viu né? Ele que começou! Ele é assim, um imbecil! Chefe!  Haja o que houver eu não vou pedir desculpas pra ele! – eu disse a ele, tipo, ele não pode me obrigar a pedir desculpas né? Eu prefiro ser demitida!
- Esqueça! Vamos embora! Desculpe ter te obrigado a isso! – o Julio falou e soltou um suspiro de arrependimento. Será que ele ia me demitir mesmo? Não pode ser! E agora como terei dinheiro pra ir pra o jogo dos Lhamas?  - Eu vou ser demitida? – perguntei a ele morrendo de medo da sua resposta, então ele olha pra mim com a cara de choro.
Demitida? Esquece. De qualquer forma depois desse escândalo a empresa acabou mesmo! – ele me falou e foi embora com uma cara de cão arrependido... Serio! o que foi que eu fiz? Varias pessoas vão ficar desempregadas e eu serei a culpada!
Chefe! Espera! Eu não posso deixa a empresa fechar assim. Se o agente Cássio e o imbecil do Pierre aceitarem, eu faço essa palhaçada aê! – eu disse com certa relutância, mas fazer o quê? Eu gosto daquele emprego. Meu chefe abriu um sorriso de orelha a orelha. – Serio? Você faria isso por mim?! – ele perguntou olhando pra mim com os olhos brilhantes. – Não! Eu faço por mim mesmo! Gosto desse emprego! – eu expliquei a ele. Então fomos atrás do agente Cássio novamente, e lá estava ele com o Pierre, com cara de cachorro abandonado, que idiota! Então ficou acertado de que eu colaboraria com eles, desde que eles colaborassem comigo também. 
Então eu esperei eles começarem com a comitiva e ai quando chamaram, eu fui lá e disse o que tinha que dizer “o chute muito estiloso que eu dei no Pierre foi ensinando alto defesa, só que ele era muito burro e não se defendeu, e por ser fracote, saiu voando” e apesar do Pierre sempre ficar me encarando com cara de cão chupando manga, pelo jeito, todo mundo engoliu a conversa. No final o Agente Cássio se despediu da gente e o Pierre fez um barulho como se tivesse grunhindo, ou com dor de barriga, sei lá... Então era isso, a partir de agora... Eu era segurança pessoal do Pierre.
Serio... Por quê isso aconteceu comigo? Por quê? 

Capitulo 3

Se aliando ao adversário. 

 Eu tinha sido nomeada a guarda-costas do Pierre. Então sabia que minha vida de agora em diante seria um inferno.  Antes de voltar pra casa, perguntei ao meu chefe quanto tempo eu ia continuar com aquela palhaçada e ele falou que até o final da temporada, tipo, 6 meses. Eu vou ter que ficar 6 meses grudada com aquele encosto. Serio! Eu devo ter tacado granada na cruz pra ta sofrendo isso. 
 Ao chegar em casa, respirei fundo. Eu sabia! Uma guerra estava declarada pra mim lá. Meu pai e meu irmão há essa hora já sabem que eu sou guarda-costas do Pierre, e vão querer tirar meu couro.  Ao entrar na sala, me sentei à mesa e esperei meu pai falar, por que como eu já sabia que vinha bomba, era melhor vir de uma vez.
- Eu imagino que pra você tomar essa atitude, com certeza foi pelo seu emprego. Mas lembre-se, mesmo você sendo a guarda-costas dele, seu coração é totalmente Lhamas, entendeu? – ele disse pra mim em um tom forte, como se eu tivesse parado de amar o Lhamas por causa disso.  
- É claro pai! – eu disse a ele com toda segurança do mundo.
- Mana, você tem realmente que ser a guarda-costas dele? – o Luigi perguntou, em um tom meio de decepção.  Então eu encostei minha cabeça na mesa.
 – Por quê? Por que eu? O que foi que eu fiz pra merecer isso? – eu exclamei. Ninguém merece! Por que eu vou ter que ficar seis meses grudada com aquele idiota? Fui dormir e esperar que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo. 
De manhã, meu celular tocou, era uma mensagem do meu chefe “Você vai se atrasar no seu primeiro dia com o Paulo Henrique?”, pois é. Pelo jeito, meu pesadelo continuava. Então fui à casa do imbecil do Pierre e ele, sempre com sua “simpatia” começou me provocando pelo modo que eu sentava no carro e que eu tinha que abrir a porta pra ele. Qualê, meu irmão, tem mão não?
 Além de que ele me colocou um apelido “Dora”, ele ficou me chamando assim direto e disse que era por que Dora lembra Dor... Como eu disse, é um idiota!  Então depois ele foi a uma pensão e adivinha o que o cretino fez? Me mandou ir embora, disse que não precisava de guardas costas mais... Ah, e só pra constar, não passa um ônibus naquela porcaria e eu tinha que ir pra casa a pé.  Me diz se não é um filho da ... Deixa pra lá. Bom, mas é claro que eu não deixei barato e deixei um presente do qual ele vai se lembra por muito tempo. Um chute naquela lata velha! 
Então fui caminhando, numa estrada que parece que não tinha fim, serio... Eu ainda queria matar aquele idiota, e se passou 2, 4 horas e nada de chegar a um ponto de ônibus e nem um carro passou pra que eu pedisse carona.  Então do nada me aparece um carro preto, indo na direção da pensão que o Pierre estava, eu acenei pra pedir carona que quando vi era a mesma moça que vi no karaokê, ela se desculpou e disse que estava no caminho oposto, então foi embora.  
Por isso ele me mandou embora, pra se encontrar com umas das garotas deles. Alem de grosso, feio e ridículo, é mulherengo, ninguém merece. Então voltei pra casa e fui dormir, por que eu estava quebrada graças a esse imbecil. De manhã ainda estava cansada por ter que andar aquilo tudo a pé, fui pega-lo na casa dele e fomos à sede.
- Você gostou do passeio? – ele fala e começa a relinchar (ou rir, não importa).
- Morre! – respondi com todo o meu cansaço!
- Oww, você acha que se eu morrer, seu time vai ganhar? – ele respondeu ironicamente e ainda começou a rir. Então tive que rir também, ele se acha um ótimo jogador, por favor!
- Você se acha um ótimo jogador né? Tanto que precisa arranjar briga pra poder alguém te conhecer e fazer seu timinho ganhar! – respondi e comecei a rir, então ele para de rir e começa a me encarar com raiva. Ó tadinho, não aguenta a verdade! Então ele vai treinar bufando de ódio e eu fui esperá-lo na frente do campo de treino. Então no treino dos Gnomos, eu que estava com muito cansaço, acabei pegando no sono e acordei com um cara olhando pra mim... Eu fui pra trás rapidamente.
- Calma! Você não precisa se assustar... Você não se lembra de mim? – ele perguntou com o rosto muito perto do meu.  “Você não se lembra de mim?” e eu te conheço por acaso? Serio! Desde que conheci o Pierre, só me aparece doido na minha frente. 
- Você é um artista por acaso? – perguntei a ele, por que se não for, não tenho um motivo sequer de lembrar ou conhecê-lo! 
- Não! Sou repórter! Me chamo Claudio. Estava na conferencia quando você afirmou ser guarda-costas do Paulo Henrique! – ele me respondeu com um sorriso um tanto sínico. Até parece que eu vou lembrar de cada vez que eu ver uma pessoa. Apenas virei e continuei a olhar o horizonte, enquanto o Pierre estava treinando eu tinha que ficar lá mesmo. 
- O Paulo Henrique esta saindo com alguém? Soube que ele estava com uma mulher no karaokê aquele dia? – ele me perguntou de modo descarado novamente. Bingo! Era isso que ele queria, informações sobre o meu cliente e apesar de que eu iria adorar contas uns podres que sabia, era meu emprego e eu sou uma profissional - A qualê? Eu sei de tudo! – ele me diz me dando um pequeno empurrãozinho como se fosse meu brother ou coisa do tipo, cara folgado!
- Se você sabe de tudo, por que diabos esta me perguntando? – perguntei a ele já irritada. Será que esse cara não percebia que eu estava trabalhando, caramba? 
- Por que meu trabalho é confirmar os fatos – ele me respondeu com um sorriso mais sínico que antes. Serio! Eu to quase dando um soco nesse cara!
- Ah ê? Então vai confirmar os fatos em outro lugar, meu irmão! – respondi já pra ele perceber que eu não estava brincando.
- É a atriz Dianne, não é? – ele me perguntou novamente. Dianne é uma atriz que o Pierre parece que ficou por um tempo. E eu acho que esse cara acha que eles ainda estão juntos. Cara! Será que eu ia presa se quebrasse o pescoço desse cara? 
- Heeeey! Dora! Vambôra! – o Pierre me gritou de longe, então fui atrás dele e deixei o repórter mala pra trás. Quando chegamos ao corredor o Pierre me pergunta – O que você tava conversando com o guru? – ele me pergunta com o tom meu forte como se tivesse preocupado. Mas espera, Guru? Mas ele não era repórter?
- Ele falou que era repórter. Ai, espera, será que ele lê mentes? – respondi a ele. Realmente seria um problema, por que quando eu respondi a ele, me veio àquela garota do karaokê na mente. 
- É modo de dizer... E o que você falou com ele? – ele perguntou um tanto impaciente.
- Ele queria saber com quem você estava no karaokê! – falei.
- E você falou alguma coisa? – ele me perguntou mais alterado do que nunca. Nossa, pelo jeito a garota deve ser famosa ou casada pra ele ta com tanto medo de descobrirem sobre ela.  E esse cara já devia saber que eu sou uma profissional, não?
- Querido! Eu sou uma guarda-costas profissional, mesmo que eu sabia do pior podre seu, eu não contaria a ninguém! – respondi a ele.
- Só que sua boca age mais rápido que sua cabeça, que-ri-da! – ele me respondeu e sim! Ele soletrou a palavra querida enquanto me imitava. Cretino como sempre.
- Sim, mas meu punho age bem mais rápido que a minha boca! – eu respondi com um sorriso triunfante. - Você sempre tem resposta pra tudo! – ele falou e se virou indo pra a sala onde os jogadores do Gnomos Vermelhos descansam, então eu o segui. Antes de chegarmos à sala veio o jogador Daniel correndo pálido e com a mão na boca como se estivesse enjoado, ele estava com a cara de quem estava passando muito mal.
 Então ao entrarmos estavam todos com a cara preocupada e o agente Cássio estava cheirando uma garrafa.
- Isso aê é meu! – disse o Pierre se referindo à garrafa que o agente estava na mão.
- O que tem aqui? – ele perguntou com um rosto preocupado demais. O que será que aconteceu?
- Só um energético, por quê? – Pierre pergunta sem entender o porquê das perguntas. E no caso eu também estava curiosa. Será que tem haver com o jogador que passou correndo entre a gente?
Então o agente Cássio se vira aos demais e fala – Daniel é alérgico a energéticos! – acho que já pra os reportes não escreverem besteira. Mas a cara dele, não parecia que ele falava a verdade. Então mais tarde, o agente Cássio chamou a mim e o Pierre ao seu escritório.

- Daniel não tem nenhuma alergia a energéticos. Eu disse aquilo por que tinham repórteres por perto. – o agente Cássio explicou com a mesma cara preocupada que ele estava antes.
- Então o que foi que ele bebeu? E como esta o Daniel?– Pierre perguntou confuso, já que era da garrafa dele que estava o liquido que fez o Daniel passar mal.
- Já mandamos para o laboratório investigar e o jogador Daniel esta bem. Seu estomago já foi lavado, alem de que ele não bebeu muito e vomitou logo em seguida. Ele ficara internado hoje e amanhã estará de alta – ele explica ao Pierre. Nossa! Isso ta com mó cara de envenenamento. E por diabos esse homem não chama a policia de uma vez? Então ele olha pra mim. 
- Isso aconteceu aqui. Até que a gente saiba quem é o criminoso entre nós, devemos manter sigilo ou isso pode virar um escândalo. - ele me explica. Realmente! Faz sentido! Apesar de que seria mais seguro chamar a policia, podia acabar com a carreira de todos os jogadores. 
- Paulo Henrique! Isso é totalmente diferente das cartas e mensagens que você recebia de haters, alguém realmente esta querendo te matar! – ele fala ao Pierre e então olha pra mim. - Você realmente precisa de um guarda-costas! – ele fala de forma dura e áspera pra mim. Então é isso! Enquanto eu não achar esse idiota que resolveu tentar atacar o Pierre, tenho que ficar ao lado dele. Ô inferno isso! Mas já que era meu trabalho, eu irei fazer bem feito.
Eu definitivamente irei defender o Pierre!

Capitulo 4

Será o palhaço, um Judas? 

Pierre estava calado o caminho todo e isso era estranho, já que ele sempre é um idiota que fala muito, então olhei pra ele e vi que seu rosto tinha uma expressão preocupada, e sua respiração estava alterada. Ele estava assustado! Bem, não é pra menos, mesmo sendo um idiota, é assustador ter alguém querendo te matar.
Ao contar isso ao meu chefe, ele deu um sorriso que me até deu medo. - Essa é a sua oportunidade! Se você salvar o Paulo Henrique desse perseguidor. Nossa empresa ficará famosa e não serei somente eu que ficarei com a gloria. – ele me fala com um sorriso brilhante. 
Gloria? Que mané gloria? E por que diabos ele ia ficar com alguma gloria se quem ta arriscando o pescoço sou eu. Mas como eu conheço meu chefe, sei que esse é o sonho dele se realizando. Ficar famoso na área de guarda-costas... No outro dia, como sempre fui pegar o Pierre pra ir á sede dos Gnomos. Quando chegamos, uns caras derrubaram umas caixas e nós, que já estávamos em terror total, nos escondemos de medo... Acho que com esse negocio eu fiquei ate meio paranoica... Todo barulho era um risco. Olhei para ele e ele estava com o rosto assustado de antes. 
Não se preocupe! Eu vou te proteger! – eu disse a ele com todo o profissionalismo que tenho.  Ele começou a me olhar com um olhar de “wtf”. Bem, tenho que admitir que seja estranho, mas fazer o quê? Eu estou sendo paga pra isso... - Você acha que eu gosto disso por acaso? Mas quanto mais rápido eu pegar esse cara, mais rápido eu posso me mandar daqui! Então se preocupe. – expliquei a ele. E ele tinha que colaborar, que de certa forma eu estou fazendo isso por ele também, já que nós dois nos odiamos e queremos ficar separados.
- Ah claro! To mó tranqüilo agora! Olha, se algo acontecer, fique longe. Não quero que uma garota se machuque por minha causa, mesmo sendo você! – ele falou indo em direção ao vestuário masculino. Espera? Ele acha que por que sou mulher não vou ser capaz de protegê-lo? É isso mesmo? Fui atrás dele pra perguntar o porquê dele não me achar capaz de defendê-lo. - Escuta querido! Eu sou faixa preta em judô, sendo 5º Dan nessa área. – eu respondi a ele indignada. 
- E eu sou jogador de beisebol, sou mais forte que você, alem de ser homem! – ele me respondeu na maior cara de pau. Traduzindo, além de idiota, é machista!
- Do que serve ser jogador nesse caso? O que você vai fazer? Atacar ele com uma bola? Não dá pra comparar a velocidade de uma bolinha com a de socos! – eu respondi já irritada com ele. Serio! Até quando a gente tenta ser legal, esse cara é um idiota... 
- Bolinha? Você sabe qual a velocidade de uma bola quando rebatida? 150 km por hora! Você nem ao menos veria a bola em campo! – ele me respondeu de forma agressiva, como se quisesse me fazer entender aquilo. Como eu disse antes, um idiota!
- E se eu puder não só vê-la, como também rebatê-la? – eu perguntei a ele. Vamos ver se ele aceita o desafio! – Eu diria que você é incrível! – ele me responde com o olhar meio arrogante! Ah, então é isso! Eu ia fazer aquele idiota calar a boca e aceitei o desafio, então fomos ao campo de beisebol da base e estava me preparando pra jogar, quando um dos jogadores do Gnomos Vermelhos, chamado Caio Felipe, veio falar comigo.
- Soube que você fez uma aposta com o Pierre? Qual é? – ele perguntou a mim. Apesar de também ser jogador do Gnomos Vermelhos, ele tinha um rosto doce e falava de um modo muito educado. Ele era o tipo de pessoa que eu não queria falar nada idiota.
- Se eu ganhar, ele vai se vestir de mulher! Por ter feito um comentário machista pra mim! – respondi a ele de forma mais educada possível. - E se você perder? – ele perguntou a mim novamente, com a mesma educação.
- Ela vai ter que se vestir de mulher! Vai usar um vestido que eu comprar pra ela. Um vestido fofo, cheio de babados e decote! – o idiota do Pierre grita lá do fundo do campo, com um sorriso de zombaria na cara! Idiota! – EU NÃO VOU PERDER! – gritei pra ele de volta.
- E quais são as regras? – o Caio me pergunta novamente de forma educada. Ele falava de um modo tão meigo que eu diminuía meu tom de voz pra falar no mesmo tom dele.
 - São as mesmas regras. Três strikes são um out, e também tem a base por bola. E se meu taco bater na bola, então será um hit. – eu expliquei a ele. Então ele franziu a testa e olhou pra mim. – Você já jogou beisebol alguma vez? Pelo menos? – ele me perguntou em um tom preocupado.  Fala serio! Até ele estava duvidando da minha capacidade? Mas como eu disse, não conseguiria falar de forma grossa com ele. 
- Jogador Caio, eu já fui a 4ª batedora e já joguei na primeira base. Não se preocupe. Minha canção de ninar foi o hino do Lhamas, eu aprendi a contar vendo eles jogarem, eu sei o que eu faço! – respondi a ele com toda segurança possível. - Nossa! Então, boa sorte! – ele me respondeu com sorriso, bem fofo pra ser sincera. Então começamos o jogo, e apesar de estar confiante, acabei perdendo. Cara, por quê? Foi tão perto! Eu estava pertinho de ganhar... Mas acabei perdendo. O Pierre ficou sorrindo feito um idiota e o Caio me parabenizou pelo meu esforço. Um fofo! Então como tinha perdido a aposta, teria que vestir a roupa que o Pierre comprou que foi um vestido vermelho, decotado e ainda colocou um laço na minha cabeça.
 Serio, estava me sentindo uma palhaça... E ele morrendo de rir de mim. 
Eu deveria ter comprado um vestido com enchimento! Você é quase uma tábua! – ele relinchava enquanto ria ate não poder mais... Implorei pra que ele me liberasse disso, mas como um completo sádico, ele continuou me humilhando e me levou a reunião dos Gnomos vermelhos vestida daquele jeito. Todos olhavam pra mim como se eu fosse uma aberração. Então me sentei em um cantinho, esperando me tornar invisível para ninguém me ver.
- Ficou bem em você! Esta melhor do que eu imaginava de verdade. – o Caio fala comigo enquanto se senta no mesmo banco que eu. Sempre tão educado que dá ate vontade de levar pra casa.
- Ah, Isa! Posso te chamar de Isa? Essa é minha esposa, Gabriela. – ele me fala apresentando sua esposa. Nossa, eu devia saber que pra um cara perfeito assim, ele já devia ser casado. Então sorri e olhei pra sua esposa, só que ao vê-la entrei em choque. A mulher do Caio é a mesma mulher que estava no karaokê, à mesma que foi à casa da montanha com o Pierre. Então era por isso que ele não queria que ninguém soubesse quem era ela.
Não podia ser a mesma pessoa. Pensei comigo mesma, deve ser alguém parecido, uma irmã gêmea ou coisa assim. –Licença, desculpa te perguntar, mais você tem uma irmã gêmea? – perguntei a tal Gabriela, ela me deu um sorriso aparentemente amigável e respondeu que não. Não poder ser. Não era a irmã dela. Então só podia ser ela... Ela que estava com o Pierre no karaokê, ela que foi pra a pensão com ele naquele dia. Por quê? Saímos do salão da reunião e eu observei os dois conversarem muito perto um do outro.

- Pierre! Leva a Isa pra casa! – o Caio disse de repente. - Hein? Por quê? – o Pierre perguntou sem entender e de verdade eu também não entendi muito bem. 
- Você acha que ela pode ir de ônibus vestida assim? Esquece! Vem Isa, a gente te leva! – Caio fala me dando um grande sorriso. Ele de verdade é muito fofo. - Aff! Tá bem! Eu levo esse encosto, borá Dora! – Pierre diz urrando pra mim... Idiota! Então nos despedimos do Caio e sua família e fomos andando. 
No meio do caminho o Pierre começa a resmugar - Onde já se viu o cliente levar o guarda-costas pra casa! É cada uma! – ele resmungava pra si mesmo. Serio! Ele é um verdadeiro idiota! Mas ainda não queria acreditar que ele era tão cretino ao ponto de trair seu amigo. Então resolvi fazer umas perguntinhas.
- Desde quando você conhece o Caio? – perguntei a ele como quem não quer nada!
- Faculdade! – ele respondeu de forma seca.
- E como ele é? – perguntei novamente pra ter uma resposta com mais informações.
- Ele é um cara bacana! Você não notou? Se eu não te trouxesse, ele realmente ia te trazer! Por quê? – ele respondeu de forma seca novamente.  Então é isso! Ele realmente é um cara legal, um quase anjo como eu pensei. – Não sei como um cara bacana como ele foi se tornar amigo de um idiota como você! – respondi sinceramente. De verdade, como o Caio pode ser amigo daquilo? Então ao chegarmos eu entrei em casa e ele foi embora. Ao entrar, estava Luigi estudando e Danielle comendo. O que ela faz de melhor. Então resolvi pergunta a eles o que eles achavam da situação.
- Eu tenho uma duvida! Se um cara e uma garota não têm nenhum relacionamento amoroso, mas ficam sozinhos em uma pensão o dia inteiro. O que será que eles podem ter feito? – perguntei ao Luigi e principalmente pra Danielle, que adora desvendar enigmas. 
- E o que eu ganho com isso? – perguntei o Luigi, sorrindo pra mim. 
- Não perder os dentes! Responde logo desgraça! – gritei com ele. Desde quando eu tenho que dar alguma coisa pra meu irmão mais novo me responder algo? 
- Já sei! Eles dois são dois espiões... Eles foram mandados lá pelo governo e...  –tagarelou Danielle. Eu sabia, lá vem ela com essas idéias estranhas.  Danielle é uma boa garota, mas lê muito e por ler demais, acaba confundindo a vida real com a ficção. Como da vez que ela saiu do quarto pelada e gritando, jurando que tinha uma passagem no armário que levaria ela a Narnia, e quando ela foi aos correios, dizer que o carteiro tinha roubado sua carta de Hogwarts. Traduzindo, ela é totalmente pirada. 
- Danii – interrompi ela. – Pare de fazer um filme desse porcaria. Eles são pessoas normais. Tem nada de especial. Agora use essa cachola pra funcionar e me diz uma resposta decente. – respondi a ela. Ela virou o rosto e fingiu não ouvir. Besta!
- Talvez eles fossem falar com o dono ou então ajeitar alguma festa lá. Pode ser tipo, um lugar especial! – disse o Luigi. Realmente, ele tem razão. Nossa! Como eu sou maliciosa, não acredito que pensei que eles podiam ter um caso.
- E pode ser que a mulher seja uma feiticeira do bem e ele esteja possuído por algum espírito maligno, ai ela resolveu exorcizar ele lá. – começou a falar. De novo não, resolvi ir pro meu quarto por que da ultima vez que deixei ela  falar, fui dormir às 4 da manhã. No outro dia fui buscar ele como faço todos os dias, mas quando estava pra chegar ele me ligou.
- Vai direto pra sede que eu não vou estar em casa! – ele me disse e logo após desligar, sem me deixar sequer responder! Maldito! Mil vezes maldito! Então fui para a sede. Chegando lá fui tomar um cafezinho pra ver se acordava, mas antes chegou o agente Cássio.
- Onde esta o Paulo Henrique? – perguntou de forma curta e seca.
- Eu fui ate o apartamento pegar ele, mas ele disse que não tava lá e que era pra eu vir pra cá. – respondi com um pouco de medo da reação dele.  Ele olhou de forma mais fria ainda e falou “Precisamos conversar!” de um jeito que até deu medo. Ao entrar ele me mostrou um jornal onde mostra o restaurante do meu pai, que é todo decorado com o símbolo do Lhamas. E o titulo dizia “Por que contrataram uma hater como guarda-costas? Estão escondendo algo sobre o dia do Karaokê?” e lá falava coisas sobre minha família e sobre mim.- O que você me diz sobre isso? - o agente Cássio me perguntava com uma frieza maior e assustadora. E agora? Eu não tinha ideia de como descobriram tudo isso, eu só sabia de algo.

Eu tava ferrada!